segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

LIVRO: 101 MARAVILHAS DE DEUS - VOLUME IV

Este livro pode ser lido gratuitamente abaixo, baixar em download no slideshare, ou você pode comprar em formato e-book ou impresso pelo clubedeautores.com.br ou amazon.com.br

Continuo em minha saga em investigar o mundo, os sentimentos, os animais, plantas e outros seres vivos procurando vestígios que indiquem que tudo isso não esta diante dos nossos olhos por acidente, por evolução cega, aleatória e burra, mas que o mundo revela que existe uma mente brilhante que o projetou e que criou leis naturais para fazer o grande mecanismo do universo funcionar automaticamente. Percebemos claramente que são milhões ou bilhões de engrenagens que fazem o universo funcionar. Não podemos falar muito do universo porque o nosso conhecimento é mínimo sobre os corpos celestes e as possíveis criaturas que infestam o infinito. Mas o planeta Terra possui um acervo de variedade de espécies de vida que é estarrecedor. Enquanto os cientistas procuram algum vestígio de vida no universo, mesmo que seja uma bactéria, aqui na Terra são tantas espécies de vida que ainda não catalogamos todas. Mas todas as criaturas possuem características peculiares e tecnologias biológicas embarcadas que só podem ter surgido porque foram criadas no laboratório espacial de Deus.
Categorias: Ciências Da VidaCiências Da TerraCiência AmbientalCiências BiológicasCiênciaAnimais 
Palavras-chave: biologia, criacionismo, deus, natureza

Características

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Número de páginas: 119

Edição: 1(2017)

ISBN: 978-1542709279

Formato: A5 148x210

Acabamento: Brochura c/ orelha

Tipo de papel: Offset 75g

terça-feira, 4 de outubro de 2016

MOEDAS QUE O BRASIL JÁ TEVE

Desde a independência, em 1822, o Brasil teve nove moedas. A primeira, que já circulava por aqui no início da nossa colonização, foi o réis, nome derivado do real, a unidade monetária de Portugal nos séculos 15 e 16. O país só conheceria sua segunda moeda oficial em 1942, quando entrou em cena o cruzeiro. A partir daí, devido aos problemas da economia brasileira, as mudanças não pararam mais até 1994, ano de estréia do real. “Alterações freqüentes não são algo natural e desejável. Menos ainda quando se considera a moeda como ela deve ser: um símbolo nacional e fator de credibilidade”, afirma o economista Joéton Gomes de Ornelas, do Museu de Valores do Banco Central, em Brasília.
As várias mudanças foram determinadas pela persistência da inflação elevada, que deteriorava rapidamente as moedas em circulação, forçando o governo a trocar a unidade monetária de tempos em tempos. Os famosos cortes de zero na passagem de uma moeda para outra também simplificavam a vida das pessoas. Afinal, se ainda usássemos a mesma unidade monetária dos anos 80, por exemplo, você teria que pagar alguns bilhões de cruzados para comprar um simples refrigerante.
Do réis ao real
Primeira unidade monetária foi herança da colonização; a última surgiu em 1994
Século 19
Moeda: Réis
Símbolo: Rs e $
Essa moeda já circulava no Brasil desde a época da colonização. Quando veio a independência, em 1822, o réis foi mantido como nossa unidade monetária
Anos 40
Moeda: Cruzeiro
Símbolo: Cr$
Entrou em vigor no dia 1º de novembro de 1942; mil réis passaram a valer 1 cruzeiro (Rs 1$000 = Cr$ 1). Em 1964, uma pequena mudança: o cruzeiro perdeu os centavos
Anos 60
Moeda: Cruzeiro novo
Símbolo: NCr$
Fez sua estréia no dia 13 de fevereiro de 1967; na ocasião, mil cruzeiros passaram a valer 1 cruzeiro novo (Cr$ 1 000 = NCr$ 1)
Anos 70
Moeda: Cruzeiro
Símbolo: Cr$
Em 15 de maio de 1970, sai o “novo” do nome da moeda, que voltou a ser só cruzeiro; não houve corte de zeros; 1 cruzeiro novo passou a valer 1 cruzeiro (NCr$ 1 = Cr$ 1)
Anos 80
Moeda: Cruzado
Símbolo: Cz$
Um pacote econômico divulgado pelo governo lançou o cruzado em 28 de fevereiro de 1986; mil cruzeiros passaram a valer 1 cruzado (Cr$ 1 000 = Cz$ 1)
Anos 80
Moeda: Cruzado novo
Símbolo: NCz$
Após menos de três anos, novo corte de zeros com o surgimento do cruzado novo em 16 de janeiro de 1989; mil cruzados passaram a valer 1 cruzado novo (Cz$ 1 000 = NCz$ 1)
Anos 90
Moeda: Cruzeiro
Símbolo: Cr$
O velho cruzeiro é ressuscitado em 16 de março de 1990, mas dessa vez a mudança não implica corte de zeros; 1 cruzado novo passou a valer 1 cruzeiro (NCz$ 1 = Cr$ 1)
Anos 90
Moeda: Cruzeiro real
Símbolo: CR$
Em outra troca recorde, é criado o cruzeiro real em 1º de agosto de 1993; com a nova mudança, mil cruzeiros passaram a valer 1 cruzeiro real (Cr$ 1 000 = CR$ 1)
Anos 90
Moeda: Real
Símbolo: R$
A atual moeda, o real, surge em 1º de julho de 1994; 2 750 cruzeiros reais equivaliam a uma Unidade Real de Valor (URV), que valia 1 real (CR$ 2 750 = URV 1 = R$ 1)

LIVRO: PÔR DO SOL - MARAVILHAS DE DEUS

Livro a venda no clubedeautores e no amazon.com.br
Leia gratuitamente ou faça download pelo slideshare logo abaixo.

As fotos mais lindas do pôr do sol no mundo. Esta é a proposta deste livro, mostrar a beleza do por do sol em todas as nações do planeta Terra. Um dos momentos mais sublimes do dia é exatamente a hora em que o sol se põe e lentamente a noite toma conta. Infelizmente vivemos uma época em que as pessoas estão ocupadas demais para ver o espetáculo que Deus nos garante gratuitamente quase todos os dias, falo quase todos os dias porque algumas vezes e em alguns lugares nem sempre dá para ver o por do sol com tanta regularidade, devido os dias chuvosos e nublados.
Categorias: GeofísicaEcologiaCiências Da TerraNaturezaGeografia E HistoriaCiência 
Palavras-chave: bíblia, física, meteorologia, sol

Características

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Número de páginas: 96

Edição: 1(2016)

ISBN: 1539336964

Formato: A5 148x210

Acabamento: Brochura c/ orelha

Tipo de papel: Offset 75g



quarta-feira, 10 de agosto de 2016

LIVRO: O INSTITUTO DIVINO DA PENA DE MORTE

Você pode comprar este livro em e-book ou impresso em várias livrarias virtuais entre elas:
amazon.com.br  e   clubedeauores.com

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Número de páginas: 143

Edição: 1(2016)

ISBN: 1537005499

Formato: A5 148x210

Acabamento: Brochura c/ orelha

Tipo de papel: Offset 75g















A pena de morte não é um ato de maldade, mas de bondade. Bondade porque restaura a justiça, equilibrando a balança e vingando a morte do inocente. Quando alguém é assassinado, Deus instituiu o Estado como vingador o inocente. Um vingador não pode ter o braço mole... A pena de morte é um ato de bondade, porque ao se executar um criminoso, ela salva a vida de pelo menos outros cem criminosos que sofrem o efeito pedagógico da pena de morte, pois o receio de ter o mesmo fim faz com que um grande número de pessoas com impulsos criminosos refreie seus instintos selvagens. Por fim, a pena de morte é um ato de bondade porque com a consciência que nos próximos dias o delinquente será executado, ele pode refletir, se arrepender e descansar da sua luta inglória contra seus instintos indomáveis. Como diz o apostolo Paulo: “o morrer é ganho.” Ora, quem não consegue viver sob as regras sociais a morte é um alívio.

AS MOEDAS DO ESTADO JUDEU: ONTEM E HOJE

AS MOEDAS DO ESTADO JUDEU: ONTEM E HOJE

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30/10/2015 CulturaEconomiaHistória.
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A ideia é genial. Uma nação milenar decide mostrar a sua ligação à terra através de suas moedas. Assim, Israel resgatou a menorá do último rei Hasmoneu, a harpa do período de Bar Kochva, e o melhor de todos, a tamareira. Esta havia sido usada pelos romanos para representar o povo judeu derrotado, e agora é representada em toda a sua glória na mais alta das moedas, “pela redenção de Sião”. Chupa Titus Flavius!

Curtíssimos esclarecimentos

A moeda de Israel é o Shekel Novo, que em 1985 substituiu o Shekel, com taxa de conversão de 1 Shekel Novo para 1000 Shekels (medida tomada contra a hiperinflação dos anos 1980). Para evitar dizer Shekel Novo o tempo todo, direi simplesmente Shekel, e quando a intenção for o de antes de 1985, direi “Shekel Velho”. “Shekel Antigo” fica para a moeda usada há milênios atrás. AEC e EC significam Antes da Era Comum e Era Comum, respectivamente.

1 agorá

A agorá é a menor divisão do Shekel, valendo um centésimo ou, em outras palavras, centavo. A moeda tem um valor tão baixo que o Banco de Israel decidiu interromper sua produção em 1991.
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O nome “agorá” foi proposto pela Academia da Língua Hebraica, já em 1960, quando a Lira Israelense deixou de ser dividida em 1000 prutot (prutá no singular), e precisava-se de um nome para “centavo”. Encontraram “agorá” no versículo 1 Samuel 2:36, onde “agorat kesef” (אֲגוֹרַת כֶּסֶף) é entendido como “um pedaço de prata”.
O desenho do navio foi herdado da moeda de 10 Shkalim Velhos (shkalim é o plural de shekel), uma vez que a taxa de conversão era 1 para mil. Veja a moeda de 10 Shkalim Velhos:
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Esta, por sua vez, herdou seu desenho de uma moeda de Herodes Arquelau, governador da Judeia (4 AEC – 6 EC), e sucessor de Herodes. Trata-se de uma galé, ou navio impulsionado por remos. Certamente é uma escolha interessante para o desenho da moeda moderna, dada a relação conturbada entre Herodes, seus filhos, e o povo judeu.
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5 agorot

A moeda de 5 centavos também já não é mais produzida, desde 2008.
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Esta também é uma “herdeira natural” da moeda de 50 “Shkalim Velhos”.
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O desenho é de uma moeda do quarto ano da revolta judaica contra Roma (anos 69-70 EC), onde vemos as quatro espécies da festa de Sukot: no meio estão juntos o lulav (folha de palmeira), hadas (myrtus) e aravá (salgueiro), e de ambos os lados dois etrogim (cidras amarelas = Citrus medica).
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Claramente pode-se ler “Shnat Arba” (שנת ארבע) em hebraico, que significa “ano quatro”. A inscrição é feita com a antiga escrita hebraica, aquele que o Rei David conhecia. Sim, leitor, as familiares letras do hebraico que conhecemos hoje são na verdade letras aramaicas, incorporadas ao hebraico durante o Exílio da Babilônia, após a destruição do Primeiro Templo Sagrado em 586 AEC. As duas escritas, hebraica e aramaica conviveram até o século 2 AEC, e a partir de então apenas as letras aramaicas foram usadas. Deu-se uma adaptada pequena a estas letras, para que ganhassem a familiar forma quadrada que conhecemos hoje.
De toda forma, o uso deste alfabeto antigo nas moedas da Grande Revolta provavelmente significa uma “volta às raizes”, e uma nostalgia aos bons e velhos tempos. Vejam abaixo uma tabela comparativa entre o alfabeto hebraico antigo (linha de cima) e o alfabeto hebraico moderno (embaixo). Ambos tem 22 letras, porém 4 letras do alfabeto moderno são diferentes quando usadas na última letra da palavra, portanto a aparente disparidade.
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10 agorot

Está é a moeda de menor valor ainda em circulação em Israel.
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Ela é a última das moedas que desta lista que herdou seu desenho de uma moeda do Shekel Velho, neste caso, a de 100 Shkalim Velhos, vejam.
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Em 1990, Yasser Arafat, líder da Organização para Libertação da Palestina, disse em uma coletiva de imprensa que havia descoberto “a verdadeira cara de Israel e seus planos de expansão”. Segundo ele, a silueta que serve de fundo para a menorá é um mapa da região, incluindo Israel, Jordânia, Síria, Iraque e o norte da Arábia Saudita. Ninguém o levou a sério.
Na verdade, o desenho é de uma moeda antiga danificada, e seu contorno original foi mantido no desenho da nova moeda. Trata-se de uma moeda de prutá do ano 37 AEC, emitida durante o reinado de Antigonus II Mattathias, último rei Hasmoneu de Judá, morto por ordem de Herodes. No fim de seu reinado, quando já entendia que não resistiria à invasão romana, foram emitidas várias moedas com motivos judaicos, para dizer que ele era o rei pertencente à cultura judaica (diferentemente de Herodes, de cultura edomita-judaica-romana). A tentativa era de ganhar um pouco mais de apoio popular e atrair combatentes para ajudá-lo. Não deu certo…
A dinastia dos Hasmoneus chegou ao poder com a revolta dos Macabeus, e reinou por cerca de 100 anos. Este foi o último período (até o século 20) em que os judeus tiveram soberania prolongada de parte da Terra de Israel.
A moeda era feita de bronze, e foram encontradas apenas cerca de 40 delas. Veja abaixo.
Mattathias_Antigonus_c_40BCE
Como resposta a Arafat, o então embaixador de Israel na ONU, Benjamin Netanyahu, disse que o símbolo da OLP tinha o mapa do Mandato Britânico embaixo da bandeira palestina, o que significaria que a intenção deles seria criar o estado palestino no lugar de Israel. Touché.
PLO
Com a troca de moeda em 1985, o Banco de Israel adotou para si o seguinte logo “expansionista”.
logo-bankofisrael

50 agorot

Já comecei mentindo. Não existe moeda de 50 agorot, mas sim uma moeda de meio shekel. Qual a diferença? Veja a imagem abaixo.
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Talvez na psique do israelense, a última (e hoje, única) moeda de “centavos” seja a de 10 agorot, já que “meio shekel” claramente pertence à família do “shekel”. A loucura não começou agora. Veja a moeda de meio shekel do ano 2 da grande revolta de Judá contra os romanos (anos 67-68).
meio-antigo
Novamente as letras antigas. Do lado esquerdo o desenho de um cálice, com as letras “שב”, representando Shnat B, ou seja, o segundo ano da revolta. Ao redor lemos “חצי השקל”, ou seja, meio shekel. Do lado direito três romãs (uma das sete espécies da Terra de Israel), e em volta se lê “ירושלים הקדושה”, Jerusalém Sagrada. (Podem verificar usando a tabela comparativa entre as letras hebraicas antigas e novas acima, é bom pra cabeça).
Meio shekel era o valor do imposto que todos os israelitas pagavam para a manutenção do antigo templo de Jerusalém. “Cada um daqueles que forem recenseados pagará a metade de um shekel como contribuição devida ao Senhor. (Êxodo 30:13)” Metade de um shekel (מַחֲצִית הַשֶּׁקֶל), e não meio shekel (חצי שקל), pois naquela época shekel era uma unidade de medida de prata, e não uma moeda.
Atenção, mostrei a moeda acima, do ano 2 da revolta, para mostrar um outro exemplo de meio shekel, mas ainda não sabemos de onde veio a harpa da moeda de hoje em dia.
A harpa é uma clara referência ao rei David, que em 1 Samuel 16:23 conta-se que tocava o instrumento para espantar o espírito ruim que baixava em Saul. A palavra usada é kinor (כִּנּוֹר), que no hebraico de hoje significa violino, e não se sabe ao certo qual instrumento era na época, e a interpretação usual é que era uma harpa mesmo. Outras moedas do passado já tiveram o desenho de uma harpa, notadamente a moeda do primeiro ano da revolta de Bar Kochva (132-133 EC). Do lado esquerdo vemos uma folha de palmeira (lulav), e do outro lado da moeda uma harpa de sete cordas, com a inscrição (novamente no script hebraico antigo) “Ano um da redenção de Israel”. Não deu certo… a redenção durou menos de 5 anos.
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Como pode-se notar, a harpa da moeda de meio shekel que se usa hoje é assimétrica, e não se parece nem um pouco com a harpa de Bar Kochva. Enrolei muito para contar que o desenho de hoje não veio de uma moeda antiga (pasmem!), mas sim de um “selo de impressão”. (Ganha um sorvete quem souber por que as imagens abaixo estão espelhadas.)
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Trata-se de um objeto usado para carimbar a cera ainda mole e assim lacrar uma carta ou documento antigo. O selo foi comprado em uma feira de antiguidades no ano 1978 por Reuben Hecht. A inscrição diz “Para Maadana, filha do rei” (למעדנה בת המלך). Agora sim o uso das letras do hebraico antigo é justificado: estima-se que o selo seja do século 7 AEC do reino de Judá, quando ainda existia o primeiro templo de Jerusalém. Tentou-se descobrir quem é Maadana, e qual rei seria seu pai, mas infelizmente é apenas isto que sabemos… Segundo o arqueólogo israelense Nahman Avigad, este desenho é a melhor estimativa que temos de como se pareceria o “kinor” bíblico. A harpa de 12 cordas é ornada por uma roseta e tem uma moldura de uma corrente de pérolas.

1 shekel

Enquanto todas as moedas de agora (centavo!) são amarelas (meio shekel inclusive), já as de shekel são prateadas.
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O desenho é de uma flor de lis, ou em hebraico Shoshan Tzachor (שושן צחור, lírio branco). O lírio branco indica pureza e segundo o profeta Oséias (14:6) tornou-se a flor-símbolo do povo de Israel (Eu serei para Israel como o orvalho. Ele florescerá como o lírio e lançará as suas raízes como o Líbano). A moeda antiga que serviu de inspiração pode ser vista abaixo.
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A inscrição na moeda antiga (do lado do pássaro) foi copiada na moeda moderna do lado da flor de lis, e diz Yehud (יהד), usando o antigo alfabeto hebraico. Yehud Medinta (יְהֻד מְדִינְתָּא) é como se chamava em aramaico a província autônoma judaica (yehud) na época do domínio persa. Medinta tem a mesma raiz da palavra hebraica Mediná (hoje significa país, originalmente uma entidade política de qualquer tamanho, regida por uma mesma lei, Din=דין em hebraico). Um outro nome para a província autônoma é Pachavat Yehuda (פחוות יהודה), onde Pachava significa província em persa antigo, e é controlada por um Pecha (daí vem a palavra Paxá em português). Esdras e Neemias foram paxás de Yehuda.
A província judaica existiu de 538 AEC, com Ciro II permitindo aos judeus voltar da Babilônia para Sião, até o ano de 332 AEC, com a conquista de Alexandre, o Grande. Nesta época existia plena liberdade religiosa e de culto (Dario I permitiu a reconstrução do Segundo Templo), mas sem autonomia política, embora eles pudessem emitir moedas de baixo valor, como esta da flor de lis, de 1 óbolo de prata (1/20 do shekel, cerca de 0.6 gramas). A moeda foi emitida aproximadamente em 350 AEC em Jerusalém, e foi encontrada milênios depois em Jericó (uma das 6 grandes cidades da província).

2 shkalim

A moeda de 2 shkalim é apelidada de Shnekel, um portmanteau carinhoso, que junta as palavras “Shnei Shekel” (שני שקל), ou seja, dois shekel. Ela é a mais nova de todas as moedas, tendo sido lançada no final de 2007, e não em 1985, como todas as outras.
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O desenho é de dois chifres que transbordam de comida, ou cornos da abundância (cornucópias). Vemos o trigo e uvas, e algo mais que não reconheço. No meio há uma romã, outro símbolo de abundância. O desenho é inspirado em uma moeda de João Hircano I (Yohanan Hyrcanus), filho de Simão (Shimon) e neto de Matatias (Matitiahu), da dinastia dos Hasmoneus (Chashmonaim). Ele reinou entre 134 e 104 AEC.
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Os dois chifres juntados pela base são a adaptação judaica deste símbolo helenista tão comum. Anos antes do reinado de João Hircano I, o rei selêucida Demetrius I emitiu uma moeda sua, nos anos 151-150 AEC, onde a deusa da fortuna chamada Tique segura uma cornucópia.
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Um pouco mais tarde, nos anos 126-125 AEC, a rainha selêucida Cleópatra Téia emitiu uma moeda com duas cornucópias lado a lado (e seu próprio rosto do outro lado). Certamente João Hircano I tomou para si um símbolo amplamente conhecido pelas pessoas da região (o Império Selêucida era vizinho do reino de Judá).
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A festa de Chanuka celebra a vitória dos macabeus sobre os gregos (na verdade, selêucidas), e um de seus valores centrais é a rejeição da cultura helenística pela liderança judaica. A menorá que vimos na moeda de 10 agorot foi emitida pelo último dos reis hasmoneus, para tentar retomar o pouco de cultura judaica que havia sobrado. Ao longo das gerações de hasmoneus, fica claro que a cultura helenística lhes era irresistível. A cornucópia é apenas uma das evidências. Mais claro ainda é perceber seus nomes, todos uma mistura de hebraico com grego: Yohanan (João) Hircano era pai de Yehuda Aristobulus, Matitiahu Antigonos e Alexander Yanai.

5 shkalim

O desenho da moeda de 5 shkalim mostra um capitel de uma coluna proto-jônica, típica da época do primeiro templo. Não se trata de uma apropriação da famosa coluna jônica da cultura grega, que só viria a ser criada no século 6 AEC. Este estilo de colunas com volutas (espirais) era comum por todo o Levante, e podemos ter orgulho desta criação local da Terra de Israel.
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As volutas representam a árvore da vida. Vejamos como. Abaixo à esquerda encontramos um desenho assírio em relevo de uma tamareira. Para os assírios, esta árvore representava a abundância agricultural. A tamareira é capaz de se reproduzir assexuadamente, seus clones também sendo capazes de produzir frutos. Da base do tronco nascem ramificações que se afastam da tamareira-mãe, e separam-se uns dos outros por um broto triangular, que é o resto do fronde (folha ramificada) da estação anterior. A árvore cresce um pouco a cada estação, e com a quebra dos brotos triangulares, o tronco ganha a sua típica textura romboidal (com forma de losangos).
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Quando a árvore não é cultivada, nascem mais e mais troncos em volta do tronco inicial, todos geneticamente idênticos. Como sempre vemos imagens de tamareiras sozinhas, isto significa que são plantas cultivadas. A facilidade de se clonar uma árvore que tem propriedades desejáveis (muitos frutos de sabor doce, por exemplo) fez com que a tamareira ganhasse a simbologia de árvore da vida. Portanto, a voluta no topo das colunas representa o ciclo de nascimento e renascimento que ocorre na base do tronco, e não a copa, como seria natural de se supor.
Colunas proto-jônicas foram encontradas em escavações em Megido, Hatzor, Ramat Rachel e Jerusalém, entre outras. Nos anos 1960, a arqueóloga britânica Kathleen Kenyon encontrou o capitel abaixo em uma escavação na Cidade de David. O capitel estava quebrado em dois, no meio de outras ruínas que haviam rolado a encosta leste da Cidade de David. Ele pode ser visto no Museu de Israel, em Jerusalém.
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10 shkalim

Esta é a moeda de Shekel de mais alto valor, e a que tem o significado mais interessante.
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Acabamos de discutir o significado de “árvore da vida” da tamareira, e ela naturalmente serviu como símbolo em várias moedas ao longo da história. No quarto ano da revolta judaica contra Roma (anos 69-70 EC), foi emitida em Jerusalém esta moeda de meio shekel. De um lado vemos a tamareira com duas cestas de tâmaras aos seus pés, e do outro lado uma variação do desenho das quatro espécies de Sukot que já vimos na moeda de 5 agorot.
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A inscrição do lado da tamareira está um pouco apagada, mas pode ser melhor identificada nesta moeda abaixo. “Pela redenção de Sião” (legeulat tzion = לגאולת ציון) é o que a liderança judaica desejava, já sabendo que não poderiam resistir à conquista romana.
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O general romano Vespasiano tornou-se imperador de Roma em 69 EC, partindo da Judéia para o Egito, e deixando o cerco de Jerusalém a cargo de seu filho Tito. Jerusalém finalmente caiu no verão de 70 EC, e o segundo templo foi destruído. Em comemoração à conquista da Judéia, a seguinte moeda romana foi emitida no ano 71.
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De um lado temos o imperador Vespasiano, e do outro lado três figuras: à esquerda vemos o imperador com armadura, à direita a Judéia é representada por uma mulher chorando, e no meio a tamareira. A incrição diz “Judéia Capturada” (ivdaea capta). Não bastava conquistar Jerusalém e destruir o templo, era também preciso jogar sal na ferida!
Eis que, 1915 anos depois, o Estado de Israel decide “devolver na mesma moeda”, literalmente. A tamareira volta em toda a sua glória, e a inscrição diz em hebraico moderno e antigo (para todos entenderem), Pela Redenção de Sião!
Chupa essa tâmara, Titus Flavius Vespasianus!
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Oportunidade

Você que gostou de conhecer a história das moedas israelenses tem a oportunidade de tê-las perto de si. Mande um email para contato@conexaoisrael.org se você está interessado em adquirir uma coleção de todas as moedas (modernas!) mostradas aqui. Ainda estamos desenvolvendo este projeto, e nos é importante saber se há interesse do público. Mande-nos um email para dar um alô e nós lhe escreveremos de volta quando tivermos mais detalhes.

Fontes:
Imagens de todas as moedas de hoje no site do Banco de Israel, clique em “מעות” (moedas).
1 agorá
Imagem da moeda de Herodes Arquelau: Wikipedia.
5 agorot
Imagens das moedas do quarto ano da revolta:Otzar.organtiquities.org.ilcoinsmendy.com.
Tabela comparativa das escritas judaicas antiga e moderna: safa-ivrit.org.
10 agorot
História sobre Arafat: Ynet.
Imagem da moeda antiga: danielventura.wikia.com
50 agorot
Imagem da moeda do ano 2 da revolta: Wikipedia.
Moeda da harpa: winners-auctions.com.
Imagem do selo de Maadana: sheqel.infoechad.info (página 15).
Informações sobre o selo de Maadana: books.google.comancientlyre.comWikipedia.
1 shekel
Informações sobre a flor de lis: books.google.com.
Imagem da moeda antiga: tsel.org.
Informações sobre Yehud Medinta: Wikipedia.
2 shkalim
Imagem da moeda de João Hircano I: Wikipedia.
Imagem da moeda da deusa Tique: coinworld.com.
Imagem da moeda de Cleópatra Téia: Wikipedia.
5 shkalim
Informações e imagens sobre a tamareira: academia.edu (artigo interessante!).
Imagem do capitel de pedra: cityofdavid.org.il.
10 shkalim
Imagens da moeda antiga: press.khm.atartportal.co.il.
Imagens da moeda da Judéia Capturada: press.khm.at.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

TODOS OS TELEFONES DO PRESIDENTE LULA

Compre o livro TODOS OS TELEFONES DO PRESIDENTE LULA em várias livrarias virtuais como amazon.com, e clubedeautores.com.br no endereço abaixo:
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  Este presente volume faz uma análise das ligações telefônicas que o juiz Sergio Moro retirou o sigilo do processo e permitiu que a sociedade brasileira tomasse conhecimento do complô que Lula, Dilma e a cúpula do Partido dos Trabalhadores tramavam contra o Brasil. Em seu plano de poder, o PT enriqueceu seus membros mais ilustres e arregimentava sua quadrilha na ralé da sociedade com seus exércitos paralelos como o MST, os ditos movimentos sociais, os sindicatos e grupos sanguessugas como a CUT (Central Única dos Trabalhadores).  As revelações das conversas telefônicas deixaram o Brasil estarrecido com as manobras ilegais que o PT tramava para livrar Lula das mãos pesadas da justiça federal, em especial, da REPÚBLICA DE CURITIBA, pois daquela capital brasileira, uma força conjunta da Policia Federal, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal, desvendou-se o maior esquema de corrupção da história do Brasil e mesmo da história da humanidade. O volume de dinheiro desviado do erário público e da Petrobrás trata-se de uma soma astronômica que bandidos mancomunados transferiram para sustentar a máfia do PT


domingo, 17 de janeiro de 2016

ENTENDA A CONGREGAÇÃO CRISTÃ - VOLUME II - CONVENÇÕES DE 1965 A 1971

O Escriba Valdemir publicou este livro que você pode ler aqui na íntegra.Trata-se de uma. crítica textual sobre as deliberações das convenções da CCB entre os anos de 1965 a 1971 Contendo 183 páginas. O livro pode ser adquirido impresso no endereço a seguir:

https://clubedeautores.com.br/book/201801--Entenda_a_Congregacao_Crista__Volume_II#.Vpu8fvkrLIU
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A CCB (Congregação Cristã no Brasil) é hoje considerada a terceira maior denominação evangélica do Brasil, só perdendo em membros para a Assembleia de Deus e para a Igreja Batista. Sua história é ligada ao surgimento do maior avivamento espiritual dos Estados Unidos, com os eventos sobrenaturais da Rua Azuza, que deu origem ao pentecostalismo moderno. Dali saíram Daniel Berg que fundou a Assembleia de Deus no Brasil, começando por Belém do Pará, e também pela Rua Azuza passou Luigi Francescon que fundou a Congregação Cristã no Brasil, iniciando a obra no Estado do Paraná. Este livro faz parte de uma série que estuda a evolução do pensamento na CCB, analisando as deliberações das convenções anuais.